sábado, 5 de novembro de 2011

A arte de ser feliz



Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.

Autor: Cecília Meireles

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Momentos



Há horas em nossa vida que somos tomados por uma enorme sensação de inutilidade, de vazio. Questionamos o porquê de nossa existência e nada parece fazer sentido. Concentramos nossa atenção no lado mais cruel da vida, aquele que é implacável e a todos afeta indistintamente: As perdas do ser humano.

Ao nascer, perdemos o aconchego, a segurança e a proteção do útero. Estamos, a partir de então, por nossa conta. Sozinhos. Começamos a vida em perda e nela continuamos.

Paradoxalmente, no momento em que perdemos algo, outras possibilidades nos surgem. Ao perdermos o aconchego do útero, ganhamos os braços do mundo. Ele nos acolhe: nos encanta e nos assusta, nos eleva e nos destrói. E continuamos a perder e seguimos a ganhar.

Perdemos primeiro a inocência da infância. A confiança absoluta na mão que segura nossa mão, a coragem de andar na bicicleta sem rodinhas porque alguém ao nosso lado nos assegura que não nos deixará cair... E ao perdê-la, adquirimos a capacidade de questionar. Por quê? Perguntamos a todos e de tudo. Abrimos portas para um novo mundo e fechamos janelas, irremediavelmente deixadas para trás.

Estamos crescendo. Nascer, crescer, adolescer, amadurecer, envelhecer, morrer.

Vamos perdendo aos poucos alguns direitos e conquistando outros. Perdemos o direito de poder chorar bem alto, aos gritos mesmo, quando algo nos é tomado contra a vontade. Perdemos o direito de dizer absolutamente tudo que nos passa pela cabeça sem medo de causar melindres. Assim, se nossa tia às vezes nos parece gorda tememos dizer-lhe isso.

Receamos dar risadas escandalosamente da bermuda ridícula do vizinho ou puxar as pelanquinhas do braço da vó com a maior naturalidade do mundo e ainda falar bem alto sobre o assunto. Estamos crescidos e nos ensinam que não devemos ser tão sinceros. E aprendemos. E vamos adolescendo, ganhamos peso, ganhamos, seios, ganhamos pelos, ganhamos altura, ganhamos o mundo.

Neste ponto, vivemos em grande conflito. O mundo todo nos parece inadequado aos nossos sonhos ah! os sonhos!!! Ganhamos muitos sonhos. Sonhamos dormindo, sonhamos acordados, sonhamos o tempo todo.

Aí, de repente, caímos na real! Estamos amadurecendo, todos nos admiram. Tornamo-nos equilibrados, contidos, ponderados. Perdemos a espontaneidade. Passamos a utilizar o raciocínio, a razão acima de tudo. Mas não é justamente essa a condição que nos coloca acima (?) dos outros animais? A racionalidade, a capacidade de organizar nossas ações de modo lógico e racionalmente planejado?

E continuamos amadurecendo, ganhamos um carro novo, um companheiro, ganhamos um diploma. E desgraçadamente perdemos o direito de gargalhar, de andar descalço, tomar banho de chuva, lamber os dedos e soltar pum sem querer.

Mas perdemos peso!!! Já não pulamos mais no pescoço de quem amamos e tascamos-lhe aquele beijo estalado, mas apertamos as mãos de todos, ganhamos novos amigos, ganhamos um bom salário, ganhamos reconhecimento, honrarias, títulos honorários e a chave da cidade. E assim, vamos ganhando tempo, enquanto envelhecemos.

De repente percebemos que ganhamos algumas rugas, algumas dores nas costas (ou nas pernas), ganhamos celulite, estrias, ganhamos peso. e perdemos cabelos. Nos damos conta que perdemos também o brilho no olhar, esquecemos os nossos sonhos, deixamos de sorrir. perdemos a esperança. Estamos envelhecendo.

Não podemos deixar pra fazer algo quando estivermos morrendo. Afinal, quem nos garante que haverá mesmo um renascer, exceto aquele que se faz em vida, pelo perdão a si próprio, pelo compreender que as perdas fazem parte, mas que apesar delas, o sol continua brilhando e felizmente chove de vez em quando, que a primavera sempre chega após o inverno, que necessita do outono que o antecede.

Que a gente cresça e não envelheça simplesmente. Que tenhamos dores nas costas e alguém que as massageie. Que tenhamos rugas e boas lembranças. Que tenhamos juízo mas mantenhamos o bom humor e um pouco de ousadia. Que sejamos racionais, mas lutemos por nossos sonhos. E, principalmente, que não digamos apenas eu te amo, mas ajamos de modo que aqueles a quem amamos, sintam-se amados mais do que saibam-se amados.

Afinal, o que é o tempo? Não é nada em relação a nossa grande missão. E que missão! Fique em Paz!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Reconstruindo Ruínas




Seja sobre nós a graça do Senhor nosso Deus; confirma sobre nós as obras de nossas mãos, sim, confirma a obra das nossas mãos. Sal. 90:17.

Quando Thomas Carlyle, historiador e ensaísta inglês, concluiu o segundo volume de sua História da Revolução Francesa, entregou o manuscrito a John Stuart Mill, para que este fizesse observações. Mill leu o manuscrito e emprestou-o a um amigo. Esse amigo deixou-o sobre a escrivaninha certa noite, depois de lê-lo. Na manhã seguinte a empregada, procurando alguma coisa com a qual acender o fogo, encontrou a pilha de papéis soltos e, pensando que fossem rascunhos antigos, usou-os para acender o fogo. Aquilo que havia custado anos de trabalho a Carlyle era cinza agora!

Quando Mill, branco como um lençol, relatou a devastadora notícia a Carlyle, este ficou tão atônito com sua perda que não conseguiu fazer nada durante semanas. Então um dia, sentado diante da janela aberta, remoendo sua terrível perda, observou um pedreiro reconstruindo uma parede de tijolos. Pacientemente, o homem colocava tijolo sobre tijolo, enquanto assobiava uma alegre melodia.
"Pobre tonto", pensou Carlyle, "como pode estar tão alegre quando a vida é tão fútil?" Depois, repentinamente, teve outro pensamento. "Pobre tonto", disse ele de si mesmo, "você está aqui sentado junto à janela, queixando-se e lamentando, enquanto aquele homem reconstrói uma casa que durou gerações."

Levantando-se da cadeira, Carlyle começou a trabalhar no segundo rascunho da História da Revolução Francesa. Conforme seu próprio relato, e o daqueles que tiveram a oportunidade de ler ambas as versões da obra, a última foi bem melhor! A destruição de nossos queridos sonhos não precisa ser o fim do mundo. Pode ser o início de algo melhor!

Carlyle tem sido uma inspiração para muitos, no sentido de recomeçar depois de terem visto destruído o trabalho de sua vida. É improvável, entretanto, que o humilde pedreiro que deu a Carlyle a inspiração de começar de novo, tenha ficado sabendo que ele teve participação em recriar uma obra-prima literária.
Nosso inconsciente exemplo cristão pode ser exatamente o incentivo de que alguém precisa para superar um fracasso na vida.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Apaixonado


Você mudou meu jeito de pensar.
Você mudou meu jeito de agir; me deu sentido.
Você está comigo vinte e quatro horas.
E ainda assim é muito pouco.
Você plantou em mim a semente da eternidade,pra te adorar.

Apaixonado por você Senhor estou.

Você morreu por mim naquela cruz, sua vergonha foi em meu favor.
E hoje vivo pro meu senhor e Cristo

Você mudou o meu caminho. E hoje te encontrei.
E eu não vivo mais sozinho. Mais vinte e quatro horas e ainda assim é muito pouco.

Você plantou em mim a semente da eternidade pra te adorar.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Chamas

 
Quatro velas estavam queimando calmamente.
O ambiente estava tão silencioso que podia-se ouvir o diálogo entre elas.

A primeira disse:

-Eu sou a PAZ ! Apesar da minha luz as pessoas não conseguem manter-me acesa.

E diminuindo sua chama devagarzinho apagou-se totalmente.

A segunda disse:

-Eu me chamo FÉ.

Infelizmente sou supérflua para as pessoas. Como elas não querem saber de Deus, não faz sentido eu continuar queimando.
Ao terminar sua fala, um vento bateu levemente sobre ela, e esta se apagou.

Baixinho e triste a terceira vela se manifestou:

- Eu sou o AMOR! Não tenho mais forças para queimar.

As pessoas me deixam de lado, porque só conseguem enxergar elas mesmas, esquecem até daqueles que estão à sua volta.

E também se apagou.

De repente!!! entrou uma criança e viu as três velas apagadas...

-Que é isto? Vocês devem ficar acesas até o fim...

Então a quarta vela falou:

-Não tenhas medo criança, enquanto eu estiver acesa podemos acender as outras velas. Então a criança pegou a vela da ESPERANÇA e acendeu novamente as que estavam apagadas.

"QUE A VELA DA ESPERANÇA NUNCA SE APAGUE DENTRO DE VOCÊ"

sábado, 23 de julho de 2011

Assovio


Ninguém abra a sua porta
para ver que aconteceu:
saímos de braço dado,
a noite escura mais eu.

Ela não sabe o meu rumo,
eu não lhe pergunto o seu:
não posso perder mais nada,
se o que houve já se perdeu.

Vou pelo braço da noite,
levando tudo que é meu:
- a dor que os homens me deram,
e a canção que Deus me deu.
Cecília Meireles

terça-feira, 19 de julho de 2011

Os Girassóis

Você já viu um Girassol?

Trata-se de uma flor amarela, muito grande, que gira sempre em busca do sol. E é por essa razão que é popularmente chamada de Girassol.

Quando uma pequena e frágil semente dessa flor brota em meio a outras plantas, procura imediatamente pela luz solar. É como se soubesse, instintivamente, que a claridade e o calor do sol lhe possibilitarão a vida.

E o que aconteceria à flor se a colocássemos em uma redoma bem fechada e escura? Certamente, em pouco tempo, ela morreria.

Assim como os Girassóis, nosso corpo também necessita da luz e do calor solar, da chuva e da brisa, para nos manter vivos.

Mas não é só o corpo físico que precisa de cuidados para que prossiga firme. O espírito igualmente necessita da luz divina para manter acesa a chama da esperança. Precisa do calor do afeto, da brisa da amizade, da chuva de bênçãos que vem do alto.

Todavia, é necessário que façamos esforços para respirar o ar puro, acima das circunstâncias desagradáveis que nos envolvem.

Muitos de nós permitimos que os vícios abafem a nossa vontade de buscar a luz, e definhamos dia-a-dia como uma planta mirrada e sem vida.

Ou, então, nos deixamos enredar nos cipoais da preguiça e do amolentamento e ficamos a reclamar da sorte sem fazer esforços para sair da situação que nos desagrada.

É preciso que compreendamos os objetivos traçados por Deus para a elevação de seus filhos, que somos todos nós.

E para que possamos crescer de acordo com os planos divinos, o criador coloca à nossa disposição tudo o que necessitamos.

É o amparo da família, que nos oferece sustentação e segurança em todas as horas...

A presença dos amigos nos momentos de alegria ou de tristeza a nos amparar os passos e a nos impulsionar para a frente.

São as possibilidades de aprendizado que surgem a cada instante da caminhada tornando-nos mais esclarecidos e preparados para decidir qual o melhor caminho a tomar.

Mas, o que acontece conosco quando nos fechamos na redoma escura da depressão ou da melancolia e assim permanecemos por vontade própria?

É possível que em pouco tempo nossas forças esmoreçam e não nos permitam sequer gritar por socorro.

Por essa razão, devemos entender que Deus tem um plano de felicidade para cada um de nós e que, para alcançá-lo, é preciso que busquemos os recursos disponíveis.

É preciso que imitemos o Girassol. Que busquemos sempre a luz, mesmo que as trevas insistam em nos envolver.

É preciso buscar o apoio da família nos momentos em que nos sentimos fraquejar.

É preciso rogar o socorro dos verdadeiros amigos quando sentimos as nossas forças enfraquecendo.

É preciso, acima de tudo, buscar a luz divina que consola e esclarece, ampara e anima em todas as situações.

Quando as nuvens negras dos pensamentos tormentosos cobrirem com escuro véu o horizonte de tuas esperanças, e o convite da depressão rondar-te a alma, imita os Girassóis e busca respirar o ar puro, acima das circunstâncias desagradáveis.

Quando as dificuldades e os problemas se fizerem insuportáveis, tentando sufocar-te a disposição para a luta, lembra-te dos girassóis e busca a luz divina através da oração sincera.


domingo, 17 de julho de 2011

Esperança


Se tu erraste ou és culpado de alguma desventura, 
clama pela misericórdia divina
e a esperança te será dada;
no entanto, não te esqueças 
que só a ti compete persistir no acerto.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Há vida onde não podemos imaginar


Nos galhos secos de uma árvore qualquer,
onde ninguém jamais 
pudesse imaginar,
o Criador fez
uma flor a brotar.
 Olhai,olhai,olhai, 
os lírios cresceram no campo 
e o Senhor nosso Deus 
os tem alimentado para nossa alegria.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Onde encontrar a verdadeira Paz nos tempos atuais




Estamos vivendo tempos de dúvida e insegurança em meio a tantos acontecimentos; guerras, rumores de guerras, terremotos, tsunamis, aumento da iniquidade, dor, sofrimento por todos os lados.  As catástrofes naturais estão cada vez mais freqüentes em nossos dias.


O que está acontecendo com a Terra?

O que vai acontecer com a humanidade?

As pessoas não se entendem, tem idéias opostas e cada vez mais divergentes e não chegam a uma conclusão clara e objetiva.

Uns dizem: O mundo vai acabar!

E outros: É o fim dos tempos, Jesus vai voltar. Até os céticos não podem negar:
Algo vai acontecer!
E aí?

Onde obtermos a resposta certa para tantas dúvidas que nos têm incomodado?
Precisamos saber de uma coisa: Não importa o que está para acontecer, o mais importante é termos esperança e segurança em meio a tanta insegurança e dúvida.


Porque está acontecendo tudo isto?

Um mundo que pede paz fazendo guerra. Que incoerência!

Certo dia fui a um restaurante, logo que entrei percebi que na parede estava pregado um papel velho até meio amarelado. Fiquei curiosa, parei para ler o que estava escrito, e achei muito interessante que resolvi copiá-lo em minha agenda.
Era anônimo e dizia o seguinte:

“A razão fundamental pela qual a paz constantemente escapa à humanidade é bastante simples, porém profunda. Os seres humanos perderam seu relacionamento com Deus, por isso perderam também a paz.
Desde aquele tempo a humanidade tem repetidamente tentado restaurar a paz, mas tem deparado com o fracasso, pois tem tentado consegui-la sem Deus.
Este é o erro fundamental que a humanidade tem cometido.”.

E eu digo mais:

O mundo só terá paz em Cristo Jesus, porque Ele é o Príncipe da Paz.
E Ele mesmo nos diz no Evangelho de São João Cap. 14 Vrs 27:

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou, não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.”

Jesus está nos dizendo que n’Ele teremos paz. Ele é a Única Pessoa que pode nos dar a resposta certa para tantas dúvidas e inseguranças nestes dias. Ele é nossa segurança, por isso não precisamos ter medo. E é em  Sua Palavra, a Bíblia, a Bússola que vamos encontrar esta resposta.
Não falo de religião, mas de Palavra de Deus, pois Deus não nos deixa confundido e nem Sua Palavra é difícil para aqueles que com coração sincero desejam conhecê-Lo.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O Caminho da Vida



O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.

A cobiça envenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódios... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios.

Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria.

Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.

Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
Charli Chaplim

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O poder do Deus Invisível



Com paciência e fé, Moisés andou como pastor de ovelhas por quarenta anos no deserto do Sinai porque tinha o Invisível. Em derredor e à distância havia areias escaldantes do deserto e privações, mas Moisés enxergava uma nuvem de dia e um facho de luz à noite a revelar a glória de Deus!

Qual era o segredo de Ester, a judia que se tornou rainha de um império pagão, quando enfrentou seus opositores? Era a visão do Invisível.

Diante de tudo isso qual é a visão que norteia a sua vida e seus propósitos? Para alguns é uma boa educação, com possibilidade de prosperidade e riqueza; para outros, um bom casamento bem sucedido ou mesmo um bom emprego que garanta sua estabilidade. Contudo, a vida que vale a pena ser vivida e com propósito, é a vida centrada no Deus Invisível.

“Senhor abre meus olhos espirituais para que possa ver também o Deus Invisível.”

domingo, 22 de maio de 2011

Um amigo faz falta!

 
 
Amigo é aquela pessoa que o tempo não apaga,
que a distância não esquece,
que a maldade não destrói.

É um sentimento que vem de longe,
que ganha lugar no seu coração
e você não substitui por nada.

É alguém que você sente presente,
mesmo quando está longe...
Que vem para o seu lado quando você está sozinho
e nunca nega um sentimento sincero.

Ser amigo não é coisa de um dia,
são atos, palavras e atitudes
que se solidificam no tempo
e não se apagam mais.
Que ficam para sempre como tudo que é feito
com o coração aberto.

sábado, 21 de maio de 2011

Náufrago



 
Um certo homem saiu em uma viagem de avião. Era um homem temente a Deus, e sabia que o Senhor o protegia.
Durante a viagem, quando sobrevoavam o mar, um dos motores falhou e o piloto teve de fazer um pouso forçado no oceano. Quase todos morreram, mas o homem conseguiu agarrar-se a alguma coisa que o conservasse em cima da água. Ficou boiando à deriva durante muito tempo até que chegou a uma ilha não habitada.

Ao chegar à praia, cansado, porém vivo, agradeceu ao Senhor por este livramento maravilhoso da morte. Ele conseguiu se alimentar de peixes e ervas. Conseguiu derrubar algumas árvores e com muito esforço construiu uma casinha para ele. Não era bem uma casa, mas um abrigo tosco, com paus e folhas. Porém significava proteção. Ele ficou todo satisfeito e mais uma vez agradeceu ao Senhor, porque agora podia dormir sem medo dos animais selvagens que talvez pudessem existir na ilha.

Um dia, ele estava pescando e quando terminou, havia apanhado muitos peixes. Assim, com comida abundante, estava satisfeito com o resultado da pesca. Porém, ao voltar-se na direção de sua casa, qual não foi sua decepção,ao ver sua casa toda incendiada.
Ele se sentou em uma pedra chorando e dizendo em prantos:
-Senhor! Como é que foi deixar acontecer isto comigo? O Senhor sabe que eu preciso muito desta casa e o Senhor deixou queimar todinha. O Senhor não tem compaixão de mim? Eu sempre faço minhas orações diárias.
E assim permaneceu o homem durante algumas horas, envolvido em sua revolta e dor.

Passado algum tempo, uma mão pousou no seu ombro e ele ouviu uma voz dizendo:

-Que bom encontrá-lo... você está bem?
Ele se virou para ver quem estava falando com ele, e qual não foi sua surpresa quando viu em sua frente um marinheiro acompanhado de uma equipe: -Vamos rapaz, nós viemos te buscar...

-Mas como é possível? Como souberam que eu estava aqui?

-Ora, amigo! Vimos os seus sinais de fumaça pedindo socorro.
O capitão ordenou que o navio parasse e nos mandou vir lhe buscar naquele barco ali adiante. O grupo entrou no barco e o homem foi para o navio que o levaria em segurança de volta para os seus familiares tão queridos.

A propósito, como anda a sua fé?

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Te desejo nesta semana...


 Paciência para as dificuldades 
Tolerância para as diferenças 
Benevolência para os equívocos
 Misericórdias para os erros 
Perdão para as ofensas
 Equilíbrios para os desejos 
Sensatez para as escolhas 
Sensibilidades para os olhos
 Delicadezas para as palavras
 Coragem para as provas 
Fé para as conquistas
 E amor para todas as ocasiões... 



domingo, 8 de maio de 2011

As maravilhosas obras do Senhor

VIVENDO AS MARAVILHAS DE DEUS



Rendei graças ao Senhor,
 invocai o seu nome,
 fazei conhecidos, entre os povos,
 os seus feitos.
 Cantai-lhe, cantai-lhe salmos;
 narrai todas as suas maravilhas.
 Gloriai-vos no seu santo nome;
alegre-se o seu coração
 dos que buscam o Senhor.
 Buscai o Senhor e o seu poder;
 buscai perpetuamente a sua presença.
 Lembrai-vos das maravilhas que fez,
 dos seus prodígios e dos juízos
de seus lábios,
 vós,descendentes de Abraão, seu servo
vós filhos de Jacó, seus escolhidos.
 Ele é o Senhor, nosso Deus;
 os seus juízos permeiam toda a terra.
Salmos 105:1, 7

sábado, 7 de maio de 2011

Mamãe


Mamãe era mais que uma mulher.
Era duas, três mulheres...
Era todas as mulheres do mundo. Mamãe capinava, roçava, plantava...
Ainda lhe sobrava tempo para amar.
Amava seus filhos ternamente.
Nos beliscava, nos mordia, nos acariciava.

Mas era tudo amor.
Amor puro de mãe pura.
Na madrugada,

O fogão à lenha clareava toda a casa.
Mamãe soprava, soprava e a água fervia.
O silêncio informava que Papai já estava em pé.
O ar puro confidenciava que o café puro já estava pronto.
Café puro. Feito por mãos puras e ternas.
Hoje, Mamãe não capina, não roça, não planta mais.

Mas continua amando...
Tenho saudades de seus beliscões.

De suas mordidas...
De suas carícias...
Daquelas manhãs de silêncio...
Hoje, o ar não é mais puro.

O café não é puro e nem cheira tanto.
E o silêncio não permite que eu ouça Papai...
Apenas Mamãe continua pura.

Pura como o sorriso puro de uma criança pura.
E a saudade sempre aparece...
Quando ouço o pio triste,
De um sabiá no meu pensamento.

Marco Antonio do Nascimento